quinta-feira, 5 de junho de 2008

(S)He's lost Control

Control fala de uma juventude, forte, que de tão forte explodiu, em vários sentidos.
A história é de Ian Curtis, vocalista do Joy Division, grupo de rock inglês contemporâneo de bandas como The Clash e The Smiths, que se formou no fim da década de 1970, sob influência de grandes da época como David Bowie e Sex Pistols.
Com um quê de melancolia e em preto e branco, o filme retrata antes o humano que o rock star. Não há glamour nem aquela atmosfera de sexo, drogas e rock and roll que costuma envolver histórias de vida de astros da música.
Ian cresceu em Manchester e vivia como outro jovem qualquer, fumava cigarro em sinal de rebeldia e tomava remédios para dar barato, nada que uma juventude perigosamente jovem não tenha feito. Se apaixonou e casou, cedo. Trabalhava em uma empresa de empregos e numa noite qualquer em um bar reencontoru amigos e entrou para a banda que seria em breve o Joy Division.
Ian era o vocalista e a força da voz parecia não condizer com sua figura magra. O sucesso aconteceu ao mesmo tempo em que Curtis descobriu a epilepsia.
Desse ponto em diante o filme é bravo e impecável, tanto na seleção de músicas, do próprio Joy Division, como no caminhar das cenas na representação da angústia e do desespero de uma pessoa que chegou no limite.
No limite da razão, no limite da entrega, da emoção e do sentimento.
Ian Curtis foi toda intensidade que não pode ser. E não foi, porque não teve tempo.
Enforcou-se na cozinha de sua casa, um dia antes da banda partir para a primeira turnê na América, em 1980.

O filme é dirigido pelo fotógrafo Anton Corbijne e o roteiro baseado no livro escrito por sua esposa, Debbie, com quem Curtis teve uma filha, Natalie.
É importante ressaltar que por isso o longa é fiel a um ponto de vista bem específico de um homem que deve ter sido múltiplo. Para os que não o conhecem nem a sua obra é um belo começo.

Nenhum comentário: